sábado, 28 de agosto de 2010

Gothic


Por acaso você já viu um pessoal que se veste todo de preto, geralmente maquiado com olhos escuros e pele pálida e que são conhecidos por visitarem cemitérios à noite? É são os góticos, que costumam andar pelas grandes cidades do Brasil assustando as pessoas mais conservadoras com seu visual pesado e sombrio.

O estilo gótico, que é também chamado no Brasil de dark, surgiu em meados da década de 70 no Reino Unido. Bandas como Joy Division, The Sisters of Mercy, Bauhaus, Siouxsie and the Banshees, The Cure entre outras, fomentaram este estilo, que tem seus seguidores até hoje.

O termo gótico define um estilo arquitetônico medieval de igrejas dos séculos 12 a 15 na Europa. Durante a Idade Média, a invasão de povos bárbaros influenciou a arte européia com imagens de monstros como as gárgulas e os vampiros. Daí os góticos tiraram o gosto pelo sinistro e uniram ao ideal da literatura romântica com o interesse pela morte e pelo sombrio.
Muitas pessoas acham que os góticos incentivam o suicídio.

Jogos de RPG costumam instigar esse lado fantasioso dos góticos porque assim eles podem viver um personagem, ser alguém diferente. Esses jogos "abre campo para a imaginação das pessoas".


Para o gótico o visual importa bastante. Mas ao contrario do que as pessoas pensam, ele é apenas uma maneira de exteriorizar o que essa pessoa tem dentro de si. Usar roupas escuras, usar maquiagem e agir de um jeito meio estranho, é só uma maneira de a pessoa expressar melhor ao mundo.
     

  Musica
Música pode ser classificada como o principal veículo de divulgação no que se refere à Cultura Obscura. É, geralmente, através dela que ocorre a identificação com a própria personalidade, tornando-se um portal que conduz a outras manifestações artísticas obscuras.
As bandas que emergiram no início da década de 80, no período classificado como pós-punk, e atualmente são classificadas genericamente de góticas, também são apreciadas na Cultura Obscura.

O Gothic Metal, nome dado genericamente ao estilo que combina Metal e Neo-Clássico, traz em letras e arranjos uma boa parte dos temas abordados na Cultura Obscura: alusão a obras literárias e mitologia, trechos em latim e arcaísmos, entre outros aspectos. Há também o uso de orquestras e vozes sopranos entrelaçadas com as características vocalizações urradas e guitarras do Metal.
Independentemente dos estilos, o fator mais significativo é a identificação que há entre o que se ouve e o que se sente.

Estilos Musicais
Estilos apreciados dentro da Cultura Obscura
Gothic Rock
O Gothic Metal, nome dado genericamente ao estilo que combina Metal e Neo-Clássico, que traz em suas letras e arranjos uma boa parte dos temas abordados na Cultura Obscura: alusão a obras literárias e mitologia, trechos em latim e arcaísmos, entre outros aspectos.

A expressão Gothic Rock foi usada pela primeira vez no final da década de 70 para classificar bandas como Bauhaus, Joy Division e Siouxsie and The Banshees, que também eram rotuladas como pós-punk. Mas suas influências não estavam limitadas ao punk. Bandas que posteriormente seriam classificadas como Death Rock ainda eram chamadas de Gothic Rock. Assim, a diferença entre o Death Rock e o Gothic Rock não são muito grandes.
Referências: Bauhaus, Joy Division e Siouxsie and The Banshees.

Industrial/E.B.M
Apesar de muitas vezes serem classificados sob um mesmo rótulo, originalmente, E.B.M (Eletronic Body Music) e Industrial são estilos diferentes, mas a diferença esta cada vez menor.
Ambos surgiram na década de 70 e suas bases recorrem ao experimentalismo eletrônico. Inicialmente, o Industrial utiliza-se de objetos de uso cotidiano para produzir as músicas. Ao longo dos anos, tornou-se comum o uso de timbres eletrônicos; as músicas adquiriram uma sonoridade mais dançante e os estilos subdividiram-se em Industrial-Rock, Industrial-Metal e CrossOver, entre outros.
Referências: Marilyn Manson, Cabaret Voltaire e Front 242.

Ethereal
O Ethereal é um dos estilos que foram classificados como Darkwave. No Ethereal encontra-se melodias lentas e suaves. O instrumental é composto por bases eletrônicas de sintetizadores ou orgânicas (acústicas). Há uma forte influência de música folclórica (européia) e de diversas culturas (não européias), além de música erudita e experimentalismo eletrônico. No Ethereal é muito comum que as músicas soem melancólicas e introspectivas.
Referências: Cocteau Twins, Dead Can Dance e Lycia.

Dark Ambient/Dark Atmospheric
Não há uma linha muito nítida que divida estes estilos. A semelhança é tanta que alguns até os consideram sinônimos. Também, a sonoridade muitas vezes se confunde com o Ethereal.

No Dark Ambient/Atmospheric o instrumental é delicado, com timbres eletrônicos que simulam violinos, sinos e efeitos diversos, como sons da natureza. Há também as bandas que utilizam instrumentos de música erudita, como violinos, cellos e flautas. Há a influência de música folclórica e os vocais, geralmente, são baseados no canto lírico. Como no Ethereal, muitas músicas soam melancólicas, com uma "tristeza passiva".
Referências: Dargaard, Elend e Autumn Tears.

New Age
O New Age, que significa literalmente Nova Era, pode ser considerado um movimento artístico-espiritual surgido na década de 60, composto por diversas crenças orientais. O estilo musical New Age também se caracteriza pela influência da música oriental. Porém, não se resume a isso. O New Age se subdivide em vários segmentos que possuem referências da música erudita e folclórica européia.


A sonoridade do New Age é suave e orquestrada. Possui melodias lentas muitas vezes interpretadas através do canto lírico, corais de vozes, sintetizadores e bases eletrônicas.
Referências: Era, Enigma e Enya.

Medieval e Renascentista
Quando relacionada à música consumida na cultura obscura, o termo Medieval pode referir-se à música do período medieval (principalmente da Baixa Idade Média no período de transição para a Renascença) ou ao estilo produzido por bandas e artistas contemporâneos que se inspiram na música medieval.

A música do período medieval é caracterizada, inicialmente, por melodias vocálicas sem acompanhamento instrumental, que fluem livremente desenvolvendo-se com suavidade e ritmos irregulares. Posteriormente, surgiu a polifonia e o acompanhamento de instrumentos como flautas, tambores e instrumentos de corda. Estas variações podem ser associadas tanto à musica medieval religiosa como a música medieval profana.

A música produzida atualmente que é inspirada no período medieval traz, além das características da música medieval de várias fases, também experimentalismos eletrônicos que, algumas vezes, flertam com Ethereal. Alguns artistas tendem a buscar uma sonoridade autêntica da época, enquanto outros produzem músicas com instrumentação mais complexa soando mais "pop".
Referências: Mediaeval Baebes, Ataraxia e Arcana.

Música clássica e neoclássica (Erudita)
Na cultura obscura, a música clássica é uma referência que se combina com outros estilos. Sua influência é notada entre estilos como Ethereal e Metal e entre artistas que buscam uma maior sofisticação na sonoridade através violinos, cellos, vocais sopranos e tenores, piano e cravo. Assim, buscam inspiração em compositores de diversas fases como Mozart, Beethoven, Chopin e Strauss.

Metal
Várias subdivisões do Metal são apreciadas na cultura obscura. Entre elas, principalmente, o Gothic Metal, Doom Metal, Metal Lírico e Metal Sinfônico. Há diversas características comuns entre estes estilos; a mais presente é a utilização de elementos de música clássica, como violinos, pianos, flautas e vocalização lírica. Estes itens combinam-se com as características mais comuns do Metal: guitarras graves, vocais urrados e variação rítmica. Além de letras que abordam o folclore do país natal da banda, ou referências de obras literárias, arcaísmos e expressões em latim, por exemplo.
Algumas bandas destes segmentos podem ter sido influenciadas pelas bandas do Gothic Rock e do Doom da década anterior. Além disso, é muito comum serem classificadas também em outros estilos.
Referências: Epica, Tristania, Nightwish e Sirenia.


Devemos qualificar simplesmente de demoníaco esse comportamento enigmático com relação à realidade, ao todo sólido e fechado que o mundo apresenta. O homem alemão é o homem demoníaco por excelência.“Demoníaco parece de fato o abismo que não se pode preencher, demoníaca a nostalgia que não se pode apaziguar, a sede que não se pode estancar”
Leopold Ziegler, O Santo Império dos Alemães, 1925

Um comentário:

  1. Parabéns a postagem, ficou resumida e explicada. sou da Tribo Gótica ( sou androgino, mas não me identifico com a tribo dos androginos). estou satisfeito com o conteúdo. muito bom.

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